terça-feira, dezembro 12, 2006

Outra vez o Amor e o Desejo

Hoje lia mais um artigo sobre como os homens e as mulheres entendem o amor e o desejo de forma diferente.
Teorizava a autora:
“Os homens desejam sempre, só amam muito de vez em quando. As mulheres amam muitas vezes, e por isso deixam-se levar pelo desejo, que também é o desejo de serem amadas.”
Dou por mim farta desta tolerância com as diferenças. Se para mim o amor e o desejo caminham de mãos dadas, e só desejo quem amo e amo quem desejo. Porque fico tentando entender quem me diz que é possível amar, mas sentindo desejo por outro que não o tal ente amado.
Bom, talvez seja melhor refrasear: sou tolerante com as diferenças. Sim, há efectivamente quem pense de forma diferente da minha e não devo ter a pretensão de converter essa diferença à minha forma.
Haverá no entanto quem pense da mesma forma que eu, e haverá também quem me ame da mesma forma que me deseja e vice versa.
Porque teimamos em converter os que são diferentes é que é realmente um mistério.
Não deveria antes seguir caminho e procurar o que verdadeiramente me completa e faz feliz?

Estou cansada de me colocar noutro lugar que não o meu. Escutar, entender e sentir de uma forma que não a minha, mas que é a do outro.
Proclamo um entendimento que nasce da cedência e do consenso, quando na verdade sou implacável comigo própria.

Não fui condescendente comigo própria quando falhei. Perdeu-se a confiança então, não há caminho de volta. Não poderia viver constrangida, ou me sentindo em permanente acto de contrição: Justificando cada passo e cada palavra.
Não esperei que se recuperasse aquilo que se tinha perdido. Decidi que deveria procurar noutro local e recomeçar da mesma forma, acreditando nas mesmas coisas.

E se encontro quem pensa e age de forma diferente da minha, devo ser condescendente? Ou ser simplesmente tolerante: respeito outras formas de pensar, mas simplesmente não me servem.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nunca pensei em justificar o amor, mas sempre procurei a verdade.
Posso ter amado aquela mulher quando nada o fazia prever, mas não consigo olhar pra mim se me apaixono pela mulher que é incapaz de dizer o que sente, que finge permanentemente, a maior virtude é a verdade. Quanto ao mais são pormenores que não interessam nada.
Pensarás de maneira diferente de mim e não me espanta nada, mas nunca irei entender a falta de confiança que me transmites que me leva a esconder-me atrás da coisa que nunca imaginaria, anonimato, mas o que é mais forte é essa vontade de te dizer que és muito importante pelo menos pra mim e que precisei muito de ti, sem que me deixasses que o dissesse olhando os teus olhos.

terça-feira, dezembro 12, 2006 5:11:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Lês demasiado...ou pelo menos lês a literatura errada

terça-feira, janeiro 23, 2007 5:53:00 da tarde  

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