Distância
Procuro um nome para esta sensação que trago no peito, que é semelhante a um buraco, não de vazio mas de distância.
Um distância semelhante a uma viagem pela multidão dentro de uma redoma de vidro. Posso ver, quase posso tocar, quase posso sentir. Mas há uma barreira tão fina, mas ao mesmo tempo tão resistente que me mantém distante, que não me deixa integrar.
No mundo terreno e visível isto é imperceptível à vista desarmada. Sigo segura das minhas decisões e convicções e viajo sem receio distribuindo sorrisos.
É no mais intimo dos meus segredos que se vive este dilema. Em que há tantas coisas que queria partilhar e não encontro como o fazer.
Não porque existam pessoas interessadas e empenhadas em fazer-me feliz, mas simplesmente porque não encaixam da forma correctamente idealizada dentro do meu mundo.
Não consigo encontrar o meu ideal de família, ou simplesmente não consigo reinventar um novo modelo em que sinta efectivamente feliz.
Há muitos momentos grande felicidade, mas falta-me a sensação de plenitude, como se de um verdadeiro alinhamento se tratasse, em que tudo encaixa, tudo flui.
Não consigo encontrar o meu ideal de relacionamento, porque invariavelmente choca com o meu modelo de família, ou fica aquém das minhas mais básicas (no sentido de mais profundas) necessidades.
Ou então choca com um modelo de mim própria, que também não consigo encontrar.
Um distância semelhante a uma viagem pela multidão dentro de uma redoma de vidro. Posso ver, quase posso tocar, quase posso sentir. Mas há uma barreira tão fina, mas ao mesmo tempo tão resistente que me mantém distante, que não me deixa integrar.
No mundo terreno e visível isto é imperceptível à vista desarmada. Sigo segura das minhas decisões e convicções e viajo sem receio distribuindo sorrisos.
É no mais intimo dos meus segredos que se vive este dilema. Em que há tantas coisas que queria partilhar e não encontro como o fazer.
Não porque existam pessoas interessadas e empenhadas em fazer-me feliz, mas simplesmente porque não encaixam da forma correctamente idealizada dentro do meu mundo.
Não consigo encontrar o meu ideal de família, ou simplesmente não consigo reinventar um novo modelo em que sinta efectivamente feliz.
Há muitos momentos grande felicidade, mas falta-me a sensação de plenitude, como se de um verdadeiro alinhamento se tratasse, em que tudo encaixa, tudo flui.
Não consigo encontrar o meu ideal de relacionamento, porque invariavelmente choca com o meu modelo de família, ou fica aquém das minhas mais básicas (no sentido de mais profundas) necessidades.
Ou então choca com um modelo de mim própria, que também não consigo encontrar.
Sendo que pior que o desajustamento perante o ideal, é a ausência de compreensão da minha própria natureza, dos meus anseios e dos meus afectos. E da forma como isso choca com alguns ideais muito virtuosos que preconizo, de total transparência e dedicação, que são efectivamente nobres e elevados, mas que não facilitam muito a vida terrena, especialmente porque é a mim em primeiro lugar que eles condicionam e não deixam viver. Simplesmente viver.